DEAD FISH: trajetória de uma das bandas mais influentes do cenário punk e hardcore

 A banda Dead Fish, oriunda de Vitória, Espírito Santo, é uma das mais influentes do cenário punk e hardcore brasileiro. Desde sua formação, em 1991, o grupo conquistou uma legião de fãs com suas letras engajadas, críticas sociais e sonoridade vigorosa. Este artigo traça a trajetória do Dead Fish, explorando sua evolução musical, impacto cultural e marcos importantes ao longo dos anos.

Dead Fish. Divulgação.

A história do Dead Fish começa em 1991, quando o vocalista Rodrigo Lima, junto com outros músicos locais, decidiu formar uma banda que pudesse expressar suas frustrações e críticas sociais através do punk rock. Inicialmente, a banda passou por várias mudanças em sua formação, algo comum em grupos iniciantes. No entanto, Rodrigo Lima sempre se manteve como a figura central e voz icônica da banda.




Nos primeiros anos, o Dead Fish lançou algumas demos que rapidamente chamaram a atenção da cena underground. Com letras que abordavam temas como injustiça social, corrupção e desigualdade, a banda conquistou um público fiel e começou a ganhar espaço em festivais e shows pelo Brasil.

O primeiro álbum completo do Dead Fish, "Sirva-se", foi lançado em 1998, marcando o início de uma nova fase para a banda. Com uma produção mais profissional e músicas bem recebidas pela crítica e público, o Dead Fish começou a ganhar reconhecimento fora do circuito underground.

Em 2001, o álbum "Sonho Médio" consolidou a banda como um dos principais nomes do hardcore brasileiro. Com faixas como "Queda Livre" e "Sonho Médio", o álbum trouxe uma produção mais refinada e letras ainda mais contundentes. Esse período foi crucial para a popularização do Dead Fish, que passou a tocar em festivais maiores e a ter uma presença mais significativa na mídia.



Em 2004, o lançamento de "Zero e Um" marcou uma nova fase na carreira da banda, com uma sonoridade mais polida e experimentações que iam além do hardcore tradicional. Esse álbum foi um sucesso de crítica e público, com hits como "Autonomia" e "Venceremos".

No entanto, essa fase também foi marcada por desafios. Em 2006, a banda passou por mais uma mudança em sua formação, o que levou a uma pausa nas atividades. O retorno aconteceu em 2009, com o álbum "Contra Todos", que reafirmou a relevância do Dead Fish no cenário musical brasileiro.



Na última década, o Dead Fish continuou a lançar álbuns e a fazer shows, mantendo sua base de fãs leal e conquistando novas gerações. Álbuns como "Vitória" (2015) e "Ponto Cego" (2019) mostram que a banda não perdeu a relevância e continua a abordar temas atuais com a mesma energia e compromisso social de seus primeiros anos.



O legado do Dead Fish é inegável. Eles são uma referência no punk e hardcore brasileiro, influenciando inúmeras bandas e artistas ao longo dos anos. Suas letras, sempre críticas e engajadas, continuam a ressoar com aqueles que buscam uma voz contra as injustiças e desigualdades.

Em 2024, o Dead Fish lançou "Labirinto da Memória", consolidando mais de três décadas de carreira. Este álbum representa uma viagem no tempo, lembrando-nos que muitas das ameaças do passado ainda estão presentes. Com uma sonoridade tradicional de hardcore melódico, "Labirinto da Memória" destaca-se por suas letras, majoritariamente escritas pelo vocalista e líder Rodrigo Lima. O álbum aborda temas pessoais, como infância, amigos e família, mas também mergulha em questões políticas e sociais, revisitando a Ditadura, as lutas por justiça, as desigualdades e as mágoas de uma nação que continua a enfrentar desafios sociais profundos.




Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem